O amor fugiu de casa. Trancou a porta, levou a chave, pulou o portão. O amor subiu o morro, andou de bonde, pegou trem e outros atalhos. O amor se mudou a quilômetros e quilômetros de mim. O amor botou fogo no meu álbum de fotografias, agradecida, sorri de volta, porque era o único jeito de seguir inteira, sem passado me acorrentando. O amor bebeu remédio, tomou pílulas da paciência, muitas pra dormir. O amor gastou horas no cinema, em parques de diversões, discotecas e campos de futebol. O amor gastou o único dinheiro que tinha em restaurantes caros, vinhos franceses, festas de luxo. O amor, de uma hora pra outra, resolveu sumir do mapa, sem deixar conta nem endereço. Levou as malas, os cartões de crédito, certidão de idade, o livro do Senhor Stendhal.
Mas quando o Seu Chico fala, é pra se gravar na memória com giz colorido "O amor não tem pressa. Ele pode esperar em silêncio. Num fundo de armário. Na posta-restante. Milênios, milênios. No ar ..." Dei pra esperar, porque nada, nada é pra já ...
Dia desses, o amor volta mansinho.
O amor vai lamber os meus pés, pedir casa e comida, dizer que sente frio.
4 comentários:
É mesmo assim, não é?
Adoro aqui, pq aqui a gente colhe esperanças!! =)
=**
Fecha direito o potinho...
Porque o amor, de tão leve, às vezes cria asas... e quer voar. :)
Beijo, Dona Moça. :)
Cada pedacinho de estrelada caramelada de paciência e felicidade.
"adoro muito tudo isso" que tem aqui nesse pedacinho de chão.
Abraços sem restrições de doses homeopáticas de amor =)
DEpois de toda confusão o amor reaparece, parece que sumiu' de proposito , so pra chegarmos a subita ilusão de que poderiamos ir bem sem ele.. rs
=D
Postar um comentário